terça-feira, 13 de julho de 2010

Ajudando a arrumar a mala...

Algumas coisas me emocionam demais. As conquistas alheias mexem demais comigo, por exemplo. Ver alguém se deliciando com um sonho realizado é algo que me acrescenta alguns anos de vida. Mais ainda me encanta quando posso fazer parte dessas realizações. Esse ano está sendo, para mim, um ano de vitórias, de conquistas, de sonhos realizados... Sei, portanto, o peso que isso tem e o esforço despendido para quem persegue um objetivo. Acho que é por isso que me deleito a observar e a admirar a vitória. E, quando recorrem a mim em busca de ajuda, visto a camisa, compro a causa e quero ver um sorriso, um par de sorrisos, um grupo de sorrisos!

É estranho tentar revisitar o momento em que a gente se torna referência para alguns. Não me lembro ao certo quando isso aconteceu comigo. Acho que tudo vem, também, da observação alheia. Cai por terra, nessa hora, o mito de que vivemos em um ambiente onde não se admira quem alça um vôo, quem sobe um degrau. Virar referência é prova de confiança. Mas, confiar em alguém também é mostra de mente aberta. O músico americano Frank Zappa disse uma vez que “a mente é como um pára-quedas... só funciona se abri-lo". E uma vez que conhecimento não ocupa espaço, a matemática acaba ficando simples.

O velho clichê de pegar o cavalo selado pode estar batido demais, mas não perde o seu valor. As oportunidades passam na vida como cavalos selados e, para montá-los, é importante estar no local certo, no momento certo, sim. Mas, sobretudo, é importante saber como montá-los. É imprescindível, ainda, estabelecer focos e prioridades. É aí que alguns amigos têm me buscado no processo de suas conquistas, principalmente, das viagens. Viagens morais, sim, viagens filosóficas, sim e, as viagens onde mais consigo embarcar junto, as viagens, viagens mesmo, dessas... de avião.

Nos últimos meses, me vi sonhando junto, planejando junto, tremendo junto, pelejando junto, feliz junto... junto de alguns amigos queridos meus. Algumas viagens já se realizaram e outras ainda estão por vir. Com as viagens vêm a multiplicidade de eventos, novidades, informações e, especialmente, de interpretações. A primeira das grandes viagens é sempre um martírio inicial, é o primeiro passo para uma doença que, quando contraída, não há remédio que cure... aliás, nem cura se busca. Ser picado pelo mosquito viajante é um privilégio que abre a mente que não se fecha nunca mais.

Poder ajudar nesses sonhos tem virado uma boa rotina. Quiçá uma futura carreira. Por ora, só o compartilhamento das dicas, apontando atalhos, ajudando a evitar erros já cometidos e ajudando para que os olhos se abram a todo e qualquer estímulo que vier. E, no retorno, a observar o brilho diferente nos olhares e a mudança no tom da voz. Que venham as novas e múltiplas viagens. Que eu faça parte delas, do jeito que der. Vindo novos amigos ou novos destinos, que eu possa continuar sempre pronta aos que me pedirem ajuda para arrumar a mala.

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Criado por Renata Goretti